Conta a lenda que em um momento de crise política e econômica em Portugal, a Rainha Isabel de Aragão, numa decisão inesperada, abdicou do trono, levando o cetro, a coroa e a bandeira do Reino até a igreja em um Domingo de Pentecostes afirmando que, daquele momento em diante, o reino seria governado pelo Espírito Santo.
Depois deste fato, Portugal reconquistou sua estabilidade, o que foi visto como um milagre do Divino. A pedido do povo, a rainha retornou à catedral e retomou o governo com a promessa de repetir, simbolicamente, a abdicação todo ano no Domingo de Pentecostes.
A Festa do Divino chegou à Itanhaém entre as devoções dos portugueses que se instalaram na Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém há mais de trezentos anos.
Assumindo as peculiaridades de cada lugar onde se instala, acabou adquirindo aqui características da cultura caiçara como a “soca”, principal processo na confecção de cuscuz de arroz (típica culinária caiçara da região).