Colhida e ralada, a mandioca é colocada no tipiti e, em seguida, prensada por um fuso. Esse processo consiste em retirar todo o líquido da mandioca, que é aparado por uma gamela.

O líquido retirado é chamado de mandicuera e dele é extraído o polvilho, que é utilizado na preparação de bijus, sequilhos, broas e bolos.

A massa é desmanchada, peneirada e, posteriormente, forneada. Fornear é o processo de “secar” a massa peneirada. Esta deve ser colocada lentamente no forno e mexida, constantemente, para não queimar até baixar seu volume. Depois de fria, a farinha é peneirada finalizando assim o processo.

A farinha de mandioca é uma das mais importantes heranças deixadas em comum no território brasileiro pelos indígenas e em cada local ela tem a sua função e importância. No litoral paulista, ela é um dos elementos fundamentais dentro da estrutura patrimonial caiçara. Todo o seu processo é uma herança não somente indígena, mas também africana e lusa.

Uma das peculiaridades dessa cultura aqui na região é a confecção da manema, farinha mais grossa e típica do litoral sul paulista.